Amazonas tem mais famílias no Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada
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No Amazonas, o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família ultrapassa o total de empregos com carteira assinada. São 644 mil famílias recebendo o benefício e 562 mil vínculos formais de trabalho, segundo dados do Novo Caged divulgados em maio.
A diferença passa de 80 mil registros, o que coloca o estado na liderança da região Norte em disparidade entre dependência do programa social e trabalho formal. A conta pública não consegue gerar alternativa suficiente para reduzir a distância entre os dois indicadores.
Em paralelo, funções que ainda garantem algum tipo de estabilidade, como a dos cobradores de ônibus, enfrentam risco de extinção sem qualquer plano para absorção da mão de obra:
O Amapá também apresenta diferença semelhante: 123 mil pessoas recebem o Bolsa Família contra 97 mil empregos formais. No Acre, são 132 mil beneficiários e 111 mil trabalhadores com carteira assinada.
Na região Nordeste, os números aumentam. O Maranhão tem 1,2 milhão de beneficiários e 666 mil empregos registrados. No Pará, são 1,3 milhão no programa contra 1 milhão de vínculos formais. A Bahia aparece com 2,4 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família, superando os 2,1 milhões de empregos com carteira.
O aumento de famílias dependentes do programa federal em relação ao total de trabalhadores formais indica a dificuldade dos estados em gerar ocupações com vínculo regular. O dado mostra uma lacuna que se mantém sem solução efetiva.
