Agressão no Studio 5: suspeito alega legítima defesa e diz não saber que vítimas eram mulheres, segundo PC-AM

Imagem: Reprodução
Leandro Macedo dos Santos, de 35 anos, foi preso na última terça-feira (22) sob a acusação de agredir fisicamente duas mulheres, ambas de 24 anos, após uma confusão de trânsito nos arredores de um evento na zona sul de Manaus. O episódio ganhou repercussão após a circulação de vídeos nas redes sociais que mostram o momento da agressão.
O caso, que ocorreu no dia 23 de março, foi registrado por testemunhas e investigado pelo 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Segundo o delegado responsável, Marcelo Martins, o suspeito apresentou diferentes versões dos fatos em depoimentos anteriores à prisão.
“Não teve nenhum prejuízo para ele. O acidente foi irrisório, e ainda assim ele reagiu com violência”
Inicialmente, Leandro afirmou que não havia razão clara para o conflito, mas, após sua prisão, passou a alegar que teria agido por “legítima defesa”. No entanto, as gravações mostram que a agressão partiu dele, e que as vítimas não apresentavam ameaça.
“Ontem voltou a afirmar que foi legítima defesa. Alegou que não sabia que era uma mulher. Essas alegações não têm muito sentido porque as imagens do crime falam por si só”
De acordo com Marcelo Martins, Leandro Macedo já possui um histórico criminal, respondendo por crimes como desacato, furto de veículos, receptação e desobediência. A reincidência de comportamentos violentos coloca o caso sob ainda mais atenção das autoridades.
Versões da defesa
O advogado Alexandre Torres Jr., que representa as vítimas, afirmou que o suspeito apresentava “forte odor de álcool” no momento da briga e que teria acionado amigos, alegando que seu carro havia sido danificado — o que não condizia com o real estado do veículo, que tinha apenas um risco superficial.
“Ele ligou para colegas dizendo: ‘acabaram com o meu carro’, quando só havia um risco. Em seguida, os colegas chegaram e iniciaram a agressão contra as vítimas”
A defesa de Leandro, representada pelo advogado Luciano Andrade, sustenta que seu cliente foi agredido primeiro e reagiu instintivamente para se proteger. No entanto, reforça que nenhuma situação justifica a agressão contra uma mulher.
“Nada justifica uma agressão a uma mulher. Contudo, todos têm direito à legítima defesa”
O caso segue sob investigação e, com base nas provas em vídeo e nos relatos das testemunhas, a Polícia Civil avalia os próximos passos no processo contra o suspeito.
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