Laudo confirma que falta de manutenção da Prefeitura, causou acidente que matou grávida na Djalma Batista

Foto: Reprodução
Um laudo técnico emitido pelo Instituto de Criminalística “Lorena dos Santos Baptista”, vinculado à Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), apontou que a morte de Giovana Ribeiro da Silva, de 29 anos, e de sua filha, Maria Carolina, foi provocada por um buraco na pista da avenida Djalma Batista, zona centro-sul de Manaus. O acidente ocorreu em 22 de junho e completou um mês nesta terça-feira, 22 de julho.
O documento pericial nº 2025-07309 conclui que a tragédia foi consequência da ausência de manutenção do pavimento asfáltico. Assinado pelo perito Adison de Jesus dos Santos, o laudo descreve:
A causa do acidente está na falta de manutenção do pavimento asfáltico
Buraco representava risco direto aos motoristas
A perícia foi realizada no local da colisão, em frente ao Pátio Gourmet, no sentido bairro/Centro da via. No momento da análise, o asfalto apresentava uma depressão de 80 cm de largura, 110 cm de comprimento e 17 cm de profundidade. O trecho possui iluminação artificial, o que reduz a visibilidade noturna.
De acordo com o laudo:
A pista estava seca, apresentava uma depressão asfáltica ‘buraco’ de dimensões (80cm x 110cm) na faixa esquerda da via
O estudo técnico concluiu que as características do buraco comprometiam a dirigibilidade de veículos de duas rodas. A profundidade representava cerca de 48% do tamanho da roda dianteira da motoneta, o que impediu o controle do veículo após o impacto.
Detalhes do acidente
Giovana estava na garupa de uma motocicleta Yamaha/Neo 125, conduzida pelo companheiro. Ao atingir o buraco, a moto perdeu estabilidade e colidiu com o canteiro central da avenida. Giovana, grávida de oito meses, e a bebê morreram no local. O condutor teve ferimentos.
O laudo também aponta danos consistentes na motocicleta, como amassamentos e falhas no sistema de direção e carenagem, indicando o impacto com o buraco e a posterior colisão.
Repercussão e protestos
Nas redes sociais, a morte causou indignação. A irmã da vítima, Gisela Junqueira, escreveu:
“Há um mês perdemos duas vidas por culpa da negligência. Enquanto eu viver, vou lutar por justiça”
O vereador Coronel Rosses também se manifestou de forma crítica:
“Até quando esse silêncio covarde, prefeito?”
Após o acidente, moradores realizaram um protesto na avenida das Torres, destacando o estado precário de várias ruas da capital, com buracos frequentes e sinalização ineficiente.
Sem resposta do poder público
A equipe da reportagem procurou a Prefeitura de Manaus e a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) para esclarecer quais providências foram adotadas após o acidente. Até o fechamento deste texto, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
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