Hugo Motta diz que decisão sobre pautar anistia ao 8 de janeiro será tomada após reuniões com líderes da Câmara nos próximos dias

Deputado paraibano foi eleito novo presidente da Câmara dos Deputados e concedeu entrevista coletiva à imprensa paraibana neste domingo.



O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que o tema da anistia para os envolvidos no 8 de janeiro será discutido com as lideranças políticas nos próximos dias. A afirmação foi dada durante entrevista coletiva à imprensa da Paraíba neste domingo (2).

Hugo Motta, eleito presidente da Casa no sábado (1º) com apoio do PT, PL e outros 16 partidos, destacou que há uma forte divisão interna sobre o tema.

“Esse tema é o que mais divide a Casa hoje. Temos um PL que defende a votação da anistia para os presos do 8 de janeiro, enquanto o PT defende que o assunto não seja votado. A pauta é decidida pelo presidente, com participação dos líderes. Com certeza, esse será um tema levado para essas reuniões nos próximos dias, e vamos conduzir com a maior imparcialidade possível”, afirmou Motta.

O parlamentar também ressaltou que o assunto será tratado com cautela, evitando excessos de ambos os lados. Ele lembrou que seu antecessor, Artur Lira (PP-AL), já havia criado uma comissão especial para debater a questão.

Pautas de costumes não são prioridade

Outro tema abordado pelo novo presidente da Câmara foi a discussão sobre pautas de costumes, como o aborto. Motta indicou que essas questões não devem ser prioridade no Congresso, pois geram divisão no país.

“Essas pautas ideológicas, as pautas de costumes, penso eu, que não estão na prioridade do dia. É um debate interessante, às vezes até nos motiva mais do que debater coisas mais burocráticas, mas o que é que temos visto ao longo do tempo? Essas pautas muito mais dividem o país do que trazem benefícios imediatos”, declarou o deputado.

O paraibano destacou que dar prioridade a esses temas pode comprometer debates sobre assuntos essenciais, como geração de empregos e distribuição de renda.

“Essa ideia quase nunca terá seguimento, e nós deixamos de discutir uma pauta que poderia, por exemplo, mudar a vida das pessoas, como a de distribuição de renda e geração de emprego, ou discutir aquilo que verdadeiramente o Brasil precisa. Enquanto presidente da Casa, vou procurar sempre forçar para que o Congresso tenha protagonismo e possa pautar de forma positiva aquilo que o povo brasileiro espera de nós”, concluiu.

Apesar dessas declarações, Motta enfatizou que a decisão final sobre as pautas da Câmara será tomada em conjunto com os líderes partidários.

Fonte: Revista Echos |


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